terça-feira, julho 22, 2014

'Não facilitei fuga. Dei apenas uma carona a três ativistas', diz deputada

O Dia Online
22/07/2014 12:17:25 - Atualizada às 22/07/2014 14:18:14

Janira Rocha foi ao Consulado do Uruguai na noite desta segunda, de onde saiu com a advogada foragida Eloísa Samy e mais um casal de ativistas

Gabriel Sabóia

Rio - Durante ato contra a criminalização da Liberdade de Manifestação, realizado na manhã desta terça-feira, na Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro, a deputada estadual Janira Rocha (Psol) rebateu as acusações de que facilitou a fuga da advogada ativista Eloísa Samy, na saída do Consulado do Uruguai, na noite desta segunda-feira. Janira saiu do prédio com Eloísa - considerada foragida - e mais um casal de namorados, também ativistas, que pediram asilo no país, e deu carona aos três até São Conrado. 

"Não facilitei fuga alguma. A obrigação de prendê-los ou mantê-los dentro daquele local é do estado e da polícia. Sou parlamentar e a Constituição Federal me manda fiscalizar as condições as quais essas pessoas estão sendo submetidas", declarou a deputada, que completou:

"Entrei pela porta da frente do consulado e saí pela porta da frente. Faria de novo, dei apenas uma carona a três ativistas. Fui pelo elevador, depois pela garagem, com todo meu trajeto filmado pelas câmeras de segurança e não dei fuga a ninguém. Apenas atendi a um pedido de carona até o bairro de São Conrado". De acordo com a Polícia Civil, ela pode ser indiciada por crime de favorecimento.

A deputada alega ainda que não conhecia os ativistas e que foi ao Consulado do Uruguai também tentar convencer a cônsul Myrian Franschini a permitir a permanência dos três, até que fosse concedido o habeas corpus pela Justiça.

"Não conhecia a Eloísa. Conheci ontem (segunda-feira), depois que me pediram para acompanhar os ativistas até que fosse concedido o habeas corpus. Mas a ordem da cônsul era para que todos saíssemos de lá. Não esperaram que o habeas corpus saísse", disse a deputada.

Membros da OAB criticam prisões

Desde as 10h desta terça-feira, advogados e manifestantes participam de ato de desagravo às prisões dos 23 ativistas, denunciados pelo Ministério Público, na sexta-feira. Entre os acusados, estão a manifestante Eloísa Quadros, conhecida como Sininho, e Fábio Raposo, que já responde a outro processo criminal, pela morte do cinegrafista Santiago Andrade. Ao final do ato, será assinado um manifesto coletivo contra as prisões.........

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