quarta-feira, janeiro 15, 2014

A palavra é: Gentrificação!!! aliás, "Pobre é 'rolezinho', rico é flashmob",

Já deveríamos estar ouvindo muito mais esta palavra... mas... o rolézinho taí e ela vai ser muito dita.... estes governantes do rio e são paulo não perdem por esperar.... 

Gentrificação

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Chama-se gentrificação, uma tradução literal do inglês "gentrification", que não consta nos dicionários deportuguês, o fenômeno que afeta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local. Tal valorização é seguida de um aumento de custos de bens e serviços, dificultando a permanência de antigos moradores de renda insuficiente para sua manutenção no local cuja realidade foi alterada.1 2 .

O termo gentrification - deriva de "gentry", que que por sua vez deriva do Francês arcaico "genterise" que significa "de origem gentil, nobre" -, entende-se também a reestruturação de espaços urbanos residenciais e de comércio independentes com novos empreendimentos prediais e de grande comércio, ou seja, causando a substituição de pequenas lojas e antigas residências. Nos últimos dez anos, este fenômeno tem por exemplo a mudança radical da natureza das lojas de Queen St. West em Toronto ou o enobrecimento de vários bairros antes populares de San Francisco.

Esses processos são criticados por alguns estudiosos do urbanismo e de planejamento urbano devido ao seucaráter excludente e privatizador[carece de fontes]. Outros estudiosos, como o sociólogo Richard Sennett daUniversidade Harvard 3 , consideram demagógico o caráter das críticas, argumentando que problemas urbanos não se resolvem com benevolência para com as camadas mais pobres da população e, na sua opinião, só se resolvem com alternativas que reativem e recuperem a economia do local degradado.

A expressão da língua inglesa gentrification foi usada pela primeira vez pela socióloga britânica Ruth Glass, em 1964, ao analisar as transformações imobiliárias em determinados distritos londrinos. Entretanto, é no ensaio The new urban frontiers: gentrification and the revanchist city, do geógrafo britânico Neil Smith, que o processo é analisado em profundidade e consolidado como fenômeno social presente nas cidades contemporâneas. Smith identificou os vários processos de gentrificação em curso nas décadas de 1980 e1990 e tentou sistematizá-los, especialmente os ocorridos em Nova Iorque (com destaque para a gentrificação ocorrida nos bairros de Harlem, naquela cidade e do Soho, em Londres).

Esse processo nos bairros populares e/ou degradados pode tornar-se um problema social de sérias quando a oferta de moradia a preços módicos é inexistente. "Mesmo que os moradores desalojados não fiquem sem teto, a conversão de hotéis dilapidados em apartamentos significa que haverá menos opções de habitação para os mais pobres e, se isso ocorrer em grande escala, criará uma grande pressão nas já assoberbadas organizações de auxílio voluntário, de caridade e provedores de assistencia social".4

Associados aos políticos, ao grande capital e aos promotores culturais, os planejadores urbanos, agora planejadores-empreendedores, tornaram-se peças-chave dessa dinâmica. Esse modelo de mão única, que passa invariavelmente pela gentrificação de áreas urbanas "degradadas" para torná-las novamente atraentes ao grande capital através de mega-equipamentos culturais, tem dupla origem, americana (Nova-York) e européia (a Paris do Beaubourg), atingindo seu ápice de popularidade e marketing em Barcelona, e difundindo-se pela Europa nas experiências de Bilbao, Lisboa e Berlim.5
Otília Arantes, in A Cidade do Pensamento Único: Desmanchando Consensos