terça-feira, janeiro 11, 2011

o tempo é único, individual.... medido por prazer ou desprazer... o tempo é lógico

disciplina é liberdade.... mas a necessidade de leitura da história de cada um, é fundamental... até por causa do  respeito... quem foi o filho da puta que disse: aos 5 anos tem que aprender a ler, aos tais perder o cabaço e aos tais, pior ainda, apto pra guerra???? então, se o estado, nem muito menos minha mãe me respeitaram, como poderei respeitá-los??? explicação: ia aos 5 anos chorando, num escândalo só, até a puta da professora particular, obrigado a aprender a ler.... depois veio o exército.... me diziam que se passasse  na prova podeira ir embora.... entre 3000 e poucos passei para as 31 vagas de oficial da reserva.... depois me disseram: o exército quer os melhores.... experimentei quepes e sapatos para a formatura no 1º dia... mas, papai era sábio e me salvou com seus amigos à última hora...

destas coisas aprendi que as piores são: falta de respeito e mentira... e ainda tem gente que pensa que pode me respeitar mentindo, vc acredita??? k k k k kk k k k .... sinto estes cheiros de longe.... como minhas crianças aos cinco e aos dezoito....


e, isto é fácil perceber... é quando a criança diz NÃO, para uma cobrança/vontade/desejo seu pra ela... elas já vem com os seus próprios.... inclusive a partir da sua história, a do pai e/ou da mãe.... dar exemplos, é fabuloso (nunca me preocupei com isto, só com a coerência).... mas não se pode cobrá-los.... não se pode obrigar... tem uma hora que a ficha cai.... é aí q vc vai ter que começar atuar.... pela minha experiência com minha filha, ocorreu por volta dos 14/15 anos... quando eles começam a falar de verdade...  provável que vc se pergunte o quem isto a ver com o texto (que não li todo.... mas não preciso, sei da inutilidade de um relógio)..... me lembro, curiosamente neste momento que meu presente favorito eram os relógios.... que recebia para desmontar..... diziam eles que meu interesse era a mecânica.... 10, pra eles!!!!! mas, pq com relógios????? será que eu já não estaria atrás de entender o tempo??? e isto com 6 ou 7 anos... vá decifrar a linguagem....rsrsrrs...

pq sempre imaginei não passar dos trinta???? mil anos a dez ou dez anos a mil??? vamos ler a bigrafia do lobão... é imprescindível....

abaixo o texto... com o link pro resto.... tá faltando algo e acho que é isto: não se estrutura um filho cronologicamente.... e sim pelo que se ouve e se diz.... não é bem sto..... mas, no momento, foi o mais próximo que consegui chegar....

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Você está parado no trânsito às 6 da tarde. Ouve a rouquidão opaca dos motores dos ônibus, o zumbido das motos, a impaciência ocasional das buzinas. O tempo parece amordaçado como se não quisesse fluir também. Então você resolve tirar do bolso seu tocador de mp3, ajeitar bem os fones de ouvido e escolher uma faixa do álbum predileto. Sua experiência do tempo vai assumindo outra feição, e os instantes passam a se amalgamar uns aos outros com uma qualidade bastante distinta do tempo anterior. A quantidade de tempo não muda: um segundo continua um segundo, tautologia assegurada pela isocronia do ponteiro (ou display) do relógio. Mas você sente agora que os instantes se dilatam e se contraem segundo uma contingência peculiar, promovida pelo encadeamento sonoro da música. Antes amordaçado, o tempo agora corre mais rápido ou anda mais devagar, dando-lhe a certeza de que sua percepção da passagem do tempo, enquanto ouve música, não coincide com aquela enquanto ouvia apenas ruídos do trânsito. Ao contrário do que sugere a cadência fixa do relógio, você realmente não sente os instantes de maneira quantitativa e exata. Ou seja, a passagem do tempo não é vivida pela sua consciência à semelhança de um relógio, no qual uma série quantitativa, marcada pela divisão em segundos, minutos e horas estabelece previamente a equivalência de todos os instantes. Na realidade, você vive uma sucessão ininterrupta de momentos qualitativos que não são divisíveis entre si, que se misturam uns aos outros e se organizam em sua memória com um aspecto único e intraduzível.

Dito de outro modo, vivemos o tempo de um jeito, mas geralmente o pensamos de outro: esse enunciado, banal apenas na aparência, deu esteio a paradoxos reincidentes na história da filosofia. De fato, estamos condicionados a pensar o tempo como uma dimensão quantitativa, cujos elementos internos são homogênos e definidos de antemão, o que nos permite balizar o tempo por meio de segundos, minutos, horas, dias, meses, anos e outras unidades de medida, conforme a conveniência da nossa necessidade particular. Assim, por força do hábito e, mais do que isso, por imposições práticas e fundamentais de sobrevivência, identificamos o tempo com uma linha sequencial de eventos. Consequentemente, construímos instrumentos e técnicas a fim de mensurá-lo, orientando nossas atividades partindo de segmentações apropriadas, seja no uso do relógio de césio, da clepsidra, do calendário, do azimute do sol ou do ciclo das marés.

o resto aqui - da revista cult (que pelo nome não se perca)

obs.: por isto desenvolvemos o relógio.... só pra ver o tempo passar... perca de tempo.... k k k k k k k