quarta-feira, novembro 30, 2005

e a liberdade, oh!

Muralhas inúteis - Mauro Santayana

Tidas, nos últimos séculos, como pátrias da liberdade, a França e os Estados Unidos pretendem fechar suas fronteiras. A tecnologia reduz ali os empregos de qualidade, e as pessoas que ela dispensa são obrigadas a fazer o trabalho antes destinado aos imigrantes, e isso diminui o seu orgulho e o seu bem-estar. As indústrias "sujas" e o trabalho pesado e mais barato foram transferidos para os países emergentes, aumentando o desemprego nos países desenvolvidos. Para desafogar a pressão de seus trabalhadores especializados, enviam-nos para substituir os trabalhadores das empresas dos países em desenvolvimento, privatizadas e desnacionalizadas, criando novos pobres na periferia do mundo. Elegem-se governos conservadores e de direita, que voltam à utopia da "terra limpa e pura" dos racistas do passado. Os bons resultados da economia, nos países ricos, dependem de muitos fatores, mas o mais importante deles é a exploração da mão-de-obra estrangeira, seja dentro de suas próprias fronteiras, seja nos países periféricos.

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