segunda-feira, outubro 03, 2005

Verí­ssimo : esse é o cara


... voltei desta fuga mais filosófico, além de mais gordo, e minha tese hoje é a seguinte: o que é inimaginável não existe. O Universo, por exemplo. Nós não conseguimos imaginar o Universo. Seus limites, suas origens, seu fim, suas intenções, sua razão de ser. Simplesmente não estamos equipados para isto. Se você se contenta com a idéia de um Deus criador, fique com ela. Feche com ela. Porque além dela começa o grande vazio do humanamente inconcebível. E o que não pode ser concebido não tem lugar nesta esponja provisória, o nosso cérebro. Não adianta espremê-lo. Ele não foi feito para compreender o que não tem nem a capacidade de imaginar. Esqueça o Universo. Outra coisa inimaginável é a nossa morte. Ninguém concebe não existir. E em vez de perder tempo procurando alternativas para o bruto fato de que a vida acaba, console-se com isto: a nossa morte é um fato para os outros, não para nós. A nossa morte também não existe. Esqueça ela.

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