quinta-feira, outubro 13, 2005

Clóvis Bornay: o importante é a fantasia


Renato Lemos


Clóvis Bornay morreu com 89 anos. Tinha um pouco menos que isso na primeira e única vez que conversamos. Falamos sobre velhice, em seu apartamento na Prado Júnior. Bornay me contou que se acostumou a contar o tempo através dos pedaços de mar que roubavam da vista de sua janela. Disse que quando começou a morar ali conseguia enxergar o forte no Posto 6. A cada ano, viu os prédios tomarem o lugar do mar. Mas acabou descobrindo um jeito de dar um drible no tempo. ''O importante é a fantasia'', foi o que ele me disse. Então, Bornay se levantou, pegou um cabo de vassoura com um espelho amarrado na ponta e o empurrou através da janela.

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