poesia contemporânea
B – Quando chegaremos na poesia contemporânea?
A – Já estamos nela. Como vai ficando cada vez mais evidente que o mundo não faz nenhum sentido, as pessoas vão buscar no mercado do “cultural” algum sentido para o mundo. E não faltam falsos mercadores. Cito os principais: a ciência, as seitas religiosas e esoterismos, o politicamente correto, a ecologia, a prosa comercial etc. Essa lista, aliás, copio-a quase toda do poeta francês Christian Prigent, que disse: “em um tal contexto, pode-se compreender que nossos contemporâneos manifestem pouco apreço por algo [a poesia] que não oferece nenhuma apaziguadora claridade, nenhum saber estabilizado. Algo que parece minar a segurança dos saberes atuais, algo que desfaz o conforto formal, e propõe não um sentido para o mundo, mas uma inquietação sobre as próprias condições de produção de um sentido compartilhável”.
link no título - do JBonline
